Obatala: Orisha Funfun

A semana em Yorùbá

Foi Ợbatálá quem escolheu os dias de veneração de cada Òrìşà e criou a semana tradicional yorùbá de quatro dias, enquanto Ọrúnmìlà deu os nomes a esses dias da semana yorùbá.

Os dias da semana: Ose Awo, Ose Òòşà, Ose Ògún, Ose Jakuta.

O primeiro e o último dia da semana é totalmente sujeito a cada sacerdote e é o dia de fazer serviço para sua divindade.

O que é certo é que Ợbatálá separou um dia para Ifá, um dia para Ògún e também um dia para ele mesmo. Logo Şàngó se alegrou por que estava ofendido por não ter sido incluído, ele fez muito barulho para ganhar sua posição entre os dias de serviço religioso chamado: "Ose".
Nos dias de serviço para Ợbatálá cada devoto mostra seu agradecimento e oferece suas orações em frente ao Ìgbà/Ojugbò de Ợbatálá. Em nossos dias a menor oferta possível para Ợbatálá seria um Obi e omi tutu (água fresca). O indivíduo recita oriki ou nomes de louvor de Ợbatálá para chama-lo e render um breve ìbà ou Ijùbá (ação de render homenagem) a Òlódùmarè (Deus supremo), seus antepassados e aos sacerdotes falecidos para que sua oração seja apoiada por todas as forças espirituais. O indivíduo em seguida lançará o Obi para saber se suas orações foram aceitas.

Uma porção dos segmentos do Obi se põem em cima do Ìgbà de Ợbatálá e borrifa-se omi tutu em cima do igba como um ato de libação pedindo abundancia e vitórias sobre inimigos e adversidades. O devoto ou sacerdote também divide o Obi e a água comendo e bebendo como um ato de comunhão com a divindade. 

Nos dias de Ose também se pode fazer orações com Obi para outros membros da família ou amigos. Em seguida, também compartilha-se o obi e a água.

Em outras ocasiões se pode oferecer algumas de suas comidas preferidas como Iyanle (a primeira porção de alguma comida para as divindades). Em seguida se oferece a primeira porção a divindade, é essa comida que os devotos comem depois de servido. Nos dias de serviço mais importantes como seu Itadogun (cada decimo sétimo dia) pode-se tocar os tambores favoritos de Ợbatálá chamados de Igbin ou também Sekere em sua honra, onde os devotos dançam e cantam para Ợbatálá. 

O tambor igbin representa uma das esposas de Ợbatálá e que também recebe sacrifícios como um dos objetos sagrados e dedicados a Ợbatálá.

É nesses dias de grandes serviço e festas em honra a Ợbatálá especialmente as mulheres que se especializaram em recitar seus nomes de louvor em versos de Ợbatálá.

Esses poemas se chamam Òòşà pípè e é imprescindível nas consagrações de novos iniciados em Ợbatálá ou na consagração de seus objetos sagrados. Essa literatura é um corpus completo que mostra todas as características, origens, gostos, proibições e outras informações importante e profunda sobre esse Òrìşà.

Alguns avatares de Ợbatálá em terras Yoruba:

- Òòşà Olùfọn
- Òòşà Oluofin
- Òòşà Popo
- Òòşà Ogìyán
- Òòşà Rowu
- Òòşà Alajo
- Òòşà Ikire
- Òòşà Ìrèlè
- Òòşà Ajagémó
- Òòşà Ajaguna
- Òòşà Ojuna
- Òòşà Ợbanimoro
- Òòşà Ợbaso

Povos importantes na veneração de Ợbatálá:

- Ile Ife
- Ìrànjé (está dentro de Ile Ife)
- Ifọn
- Ede
- Iwofin
- Ọyọ
- Éjìgbò
- Ògbómòsó
- Iseyin
- Ikire
- Ikirun
- Owu
- Osogbo

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