Orisha: Ibejí

  • Sincretismo católico: São Cosme e São Damião.
  • Celebração: 27 de Setembro.
  • Vestimentas: Os Lukumis vestem os eré Ibejí— bonecos ou talhas de Ibejí — de vermelho e azul.
  • Sacrifícios: Frangos e pombos.
  • Tabus: Nenhum.
  • Números rituais: 2, 4, e 8
Na Iorubalãndia, a adoração de Ibejí foi dedicada a propiciar o nascimento e a encarnação de espíritos de gêmeos. Ibejí é o orisha padroeiro dos gêmeos. Ainda, Ibejí é também um culto ao nascimento de gêmeos, em que se paga tributo à mãe e aos filhos, e especialmente no caso em que um ou ambos os gêmeos morrem durante ou após o parto. Por razões inexplicáveis, a maior incidência de nascimentos de gêmeos no mundo inteiro, precisamente ocorre entre os iorubas.

O primeiro gêmeo nascido chama-se Taiwó — saia e prove o mundo. O segundo gêmeo chama-se Kehindé — eu seguirei. Se o primeiro indicar ao último que a vida e uma atividade prazerosa, Kehindé segue o seu exemplo e nasce. Taiwó é considerado o mais jovem dos Ibejí e Kehindé é o mais velho dos dois.

A tradição sustenta que o primeiro par de Ibejí a nascer, foram filhos de Shangó e Oshún, e foram por Yemojá. Ibejí são considerados seres muito poderosos. Um mito Creole narra com detalhes uma vez em que os Ibejí fizeram o diabo de tolo. De fato, são “orishas que estão vivos”. Costumeiramente, não devem ser ordenados tal como nasceram. Contudo, quando o são, Taiwó é ordenado para Shangó e Kehindé é ordenado para Yemojá.

Sempre que os Ibejí se apresentam em wemileres ou bembés, os tocadores de tambor saúdam Ibejí entoando seus cantos e executando seus ritmos e lhes oferecem presentes ou dinheiro. Acredita-se que Ibejí retribuirá essas dádivas, multiplicando-as de muitas maneiras.

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